Com certeza, algum dia você já foi surpreendido com uma ação inusitada que buscou enaltecer alguma marca. Provavelmente, você foi impactado pelo marketing de guerrilha! As pessoas costumam achar as ações bastante inovadoras e dificilmente esquecem essa experiência emocionante.

O marketing de guerrilha surpreende de fato porque usa estratégias criativas, sai do lugar comum e quebra a monotonia do cotidiano. Tornando o momento inesquecível para seu público positivamente. As reações podem ser as mais variadas: alegres, sérias, provocativas e até engraçadas.

Efeito surpresa e viralização orgânica são os primeiros resultados do marketing de guerrilha, que nada mais é do que uma estratégia direta e agressiva no bom sentido. Busca impactar uma grande parcela de consumidores com investimento não tão alto quanto exige a publicidade tradicional.

Como surgiu o marketing de guerrilha?

O conceito de marketing de guerrilha foi criado pelo publicitário norte-americano Lay Conrad Levinson, dos Estados Unidos, ao publicar o livro “Guerrilla Marketing”, em 1984. Para escrever esta edição, o autor se inspirou na Guerra do Vietnã, que ocorreu de 1955 a 1972 entre Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.

Os combatentes do norte possuíam menos recursos que os soldados do sul. Este último era aliado dos Estados Unidos. No entanto, mesmo com menos aparatos bélicos, os norte-vietnamitas conseguiram atrasar as tropas americanas. E superar os adversários graças às táticas e estratégias de guerrilha próprias.

O impacto das estratégias dos norte-vietnamitas sobre a audiência da guerra e com um baixo investimento levou esse acontecimento ser similar a uma tática de marketing. Por conta disso, o marketing de guerrilha é associado a pequenas empresas que querem brigar de igual para igual com grandes empresas existentes no mercado.

Além de se tornar uma excelente alternativa para pequenas empresas sem muitos recursos, passou a ser também uma estratégia adicional para grandes empresas. Ou seja, independentemente de seu porte, todas as organizações podem utilizar o marketing de guerrilha. Afinal, o resultado das ações costuma ser imediato, principalmente quando viraliza.

Saiba quais são as características do conflito armado que ajudam a entender melhor a criação do conceito marketing de guerrilha:

· Confronto direto entre dois participantes;

· Um lado mais fraco que o outro;

· Recursos inferiores exigindo ações diferenciadas;

· Vitória a partir de estratégias únicas.

Por que utilizar o marketing de guerrilha?

Uma ótima forma de estabelecer sua empresa no mercado de atuação é usando o marketing de guerrilha. Você investe menos em campanhas de divulgação de produtos e serviços. E os demais gestores da empresa podem direcionar finanças em outros setores e atividades.

Um dos pilares benéficos do marketing de guerrilha atual é a viralização e divulgação pelo público. Outra característica importante é a autenticidade de suas ações, gerando uma reação diferenciada entre os consumidores.

Ações de marketing de guerrilha bem planejadas podem garantir ainda mais vantagens para a empresa, como a sua divulgação gratuita nas mídias, jornais e TVs. Isso porque as intervenções públicas do marketing de guerrilha passam a despertar interesse da mídia em acompanhar o desenrolar da ação e a influência dela sobre as pessoas em geral.

A boa notícia é que sua marca pode ser divulgada em grandes canais midiáticos, sem que seja preciso gastar para isso. Uma vantagem e tanto, não é mesmo?

Como fazer o marketing de guerrilha?

Agora você já sabe o que é o marketing de guerrilha, como surgiu e as suas vantagens. Veja, então, como proceder para colocar em prática uma campanha de grande impacto.

1. Conheça seu público-alvo

Para uma campanha bem-sucedida, busque os perfis dos consumidores e molde suas ações a eles, a fim de envolvê-los da melhor maneira. Estude o modo como se comunicam e se comportam, com o que se importam e do que gostam.

2. Elabore uma tática inteligente

Lembre-se que a ação não precisa ser cara, mas sim memorável por meio de uma abordagem inteligente que estimule a participação e o engajamento do público. Portanto, busque levar as pessoas a interagir com a campanha, até mesmo sem perceber.

3. Surpreenda no pós-venda

Continue demonstrando interesse no consumidor mesmo depois que ele concluir a compra. Isso só melhora a imagem da empresa e enaltece sua marca. Há muitas maneiras de dar continuidade a esse relacionamento.

Um exemplo é mandar uma mensagem personalizada pelo WhatsApp e perguntar o que achou do produto ou serviço. Busque um feedback, além de valorizar o cliente, você poderá medir o nível de sua satisfação. Dessa forma, é possível melhorar ou corrigir o que vem sendo feito.

4. Que tal o apoio de um influencer de qualidade?

Atualmente, buscar apoio de personagens no mundo digital é uma grande jogada para deixar a marca em evidência e fazê-la crescer ainda mais. Um digital influencer ou vários deles ao mesmo tempo podem gerar impactos positivos nas vendas.

Procure saber quais são os mais queridos pelos seguidores da sua marca. A publicidade feita por influencers do Instagram ou no Youtube costuma gerar muitas visualizações e reações. Sendo assim uma boa maneira de abordar um grande público.

5. Impulsione uma hashtag (#)

Se optar por fazer marketing de guerrilha em redes sociais por conta própria, crie uma hashtag para o Instagram ou Twitter que possa ser identificável e relacionada com a marca. Desta forma, você estimula o seu uso pelos seguidores, gerando uma grande quantidade de likes e replicações.

6. Monitore a execução da campanha

Não perca de vista o passo a passo da execução da campanha, com o objetivo de garantir reações positivas das pessoas. Mensure os efeitos das ações realizadas e a satisfação do público.

7. Seja original, inovador e coerente para a marca

Execute com qualidade sua campanha de marketing de guerrilha. Encante, surpreenda e provoque as pessoas. Assim, você ganha mais seguidores e aumenta a taxa de vendas.

Olhe só algumas ações de marketing de guerrilha de sucesso e viralização

Mc’Donalds: Méqui

Você chegou a ver que na fachada de algumas lojas dessa rede aparecia a denominação “Méqui” em vez da grafia McDonald’s? Os nomes foram trocados para valorizar a forma como os brasileiros se referem à marca. Uma das unidades do fast food que recebeu a mudança foi a da Avenida Paulista, uma das mais tradicionais da cadeia de fast-food.

Burger King: Paulo Guedes

Buscando gerar mais alcance e engajamento dos consumidores para a promoção Todo Dia R$ 9,90, o Burger King recrutou quatro homens chamados Paulo Guedes, o mesmo nome do ministro da Economia. Para a campanha foram produzidos ainda cinco filmes, cada um deles tem uma narrativa diferente em torno de “soluções econômicas” bem-humoradas.

Halloween no Burger King

Para comemorar o Halloween, o Burger King “fantasiou” uma loja em Nova Iorque no Queens com grandes lençóis brancos imitando um fantasma do McDonald’s, seu forte concorrente. A campanha transformou, ainda, as embalagens dos sanduíches: os clientes que pediam um Whopper recebiam uma embalagem fantasiada de fantasma.

Semana do Tubarão ou Shark Week

A campanha da Semana do Tubarão, promovida pelo canal Discovery Channel, instalou cinco partes infláveis de um grande tubarão branco em seu próprio prédio, localizado na região de Silver Spring, nos Estados Unidos. A ideia da ação era fazer com que o programa não passasse despercebido, além de promover a emissora.

E sua empresa, já investiu em marketing de guerrilha?